A Polícia Civil comandou durante toda a quinta-feira, 8, uma operação para tentar confirmar se realmente houve depósito irregular de material radioativo enterrado no Aterro Sanitário de Rio Branco, localizado na Estrada Transacreana.
As investigações tiveram início após denúncia da atual gestão ao ser informada de que pelo menos oito carradas de material radioativo, como mercúrio e outros materiais que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente haviam sido enterradas no aterro no ano passado.
O resultado de um dia inteiro de escavações foi a confirmação de que materiais elétricos que são radioativos foram realmente enterrados no local. São reatores, relés e lâmpadas de reator de sódio que foram retiradas dos postes de iluminação pública durante o programa de instalação de lâmpadas de LED nas ruas de Rio Branco e foram descartadas de forma incorreta no lixão.
“Você pode perceber que é uma quantidade significativa de relés e reatores. Vamos encaminhar esse material para que a prefeitura faça a destinação correta. O que mais nos preocupa são as lâmpadas que não tem como recuperar, já que quebraram e por conter mercúrio são extremamente nocivas ao meio ambiente”, afirma o delegado Judson Barros, responsável pelas investigações.
Nesta sexta-feira, 9, as escavações continuam em outro ponto do aterro onde também teriam sido enterrados o material de forma irregular. O delegado conta que as investigações vão continuar com o objetivo de descobrir quem autorizou o depósito do material no lixão, já que se trata de um grave crime ambiental.
“Jamais esse material poderia ter sido enterrado, deveria ter sido entregue à empresa responsável para que fosse reciclado. O crime ambiental cometido é gravíssimo. O que sabemos é que a própria zeladoria teria autorizado a enterrar esse material. Vamos proceder com as investigações e como já ouvimos algumas pessoas, acredito que até a sexta-feira da próxima semana conseguimos concluir o relatório”, afirma o delegado.
O aterro de resíduos sólidos começou a ser desativado após quase trinta anos de funcionamento. A prefeitura ainda estuda a nova área onde vai ser instalado o novo aterro da capital acreana.
fonte: ac24horas