Em um esforço conjunto, os vereadores de Rio Branco passaram mais de 17 horas em uma sessão extraordinária que começou na sexta-feira, 22, e só terminou na madrugada deste sábado, 23, analisando nas comissões e votando os Projetos de Lei encaminhados pelo prefeito Tião Bocalom. Após oito horas de debate, os vereadores tinham votado 4 dos 10 PL’s enviados à Câmara. Os servidores municipais desde cedo acompanharam a discussão e fizeram pressão em frente à Câmara da capital acreana. Após a primeira votação, a sessão voltou a ser suspensa para que as comissões voltassem a analisar os demais projetos.
Um dos projetos mais esperados era o da educação. Apesar das várias emendas propostas, a base rejeitou todas e o projeto foi aprovado na íntegra, como enviado pela prefeitura, o que provocou discussão entre os vereadores. “A base do governo disse que se as emendas fossem aprovadas, o governo teria um gasto de mais de R$ 15 milhões de reais. Quero lembrar aos vereadores que essa casa, com meu voto contrário, claro, aprovou uma reforma administrativa criando novos cargos que custa R$ 15 milhões aos cofres públicos. No meu entendimento, servidor tem que ser prioridade em relação a cargo comissionado”, disse o vereador Emerson Jarude (MDB).
A vereadora Michelle Melo (PDT) foi outra que reconheceu os avanços, mas não ficou satisfeita com a derrubada das emendas. “Reconheço que é um avanço, mas não estou 100% satisfeita. Dizer que um salário de R$ 1,4 mil reais bruto é pouco. Esse profissional ainda vai receber muito pouco pelo seu trabalho”, explica.
Uma outra reclamação é que as novas regras vão deixar mais difícil a progressão funcional dos servidores da educação.
Para os vereadores da base governista, todas as categorias serão beneficiadas e Bocalom entra para a história por ter dado o maior aumento aos servidores públicos nos últimos anos.
Os servidores públicos do município voltam a ter aumento salarial após cinco anos. Entre o reajuste se destaca o valor do salário mínimo que passa em Rio Branco a ser de R$ 1,4 mil reais, acima do salário mínimo nacional que é de R$ 1,2 mil reais.
O reajuste atinge todas as categorias do funcionalismo público municipal. Na saúde, o destaque foi para o aumento do salário de um médico que pula de 2 para 9 mil reais, além do aumento do valor do plantão extra para todos os profissionais.
Era uma e meia da manhã quando o último Projeto de Lei foi aprovado pelos vereadores e o presidente da Câmara, N. Lima (PP) encerrou a sessão extraordinária.
Vale ressaltar que apesar das discussões em um tom elevado em alguns momentos por conta de emendas derrubadas pela base, os Projetos de Lei foram aprovados por unanimidade.