Na véspera de completar um mês, o acidente de trânsito que resultou na morte do mototaxista Lucas Fernandes Santos, na madrugada de 7 de abril, no bairro Floresta Sul, na frente de uma distribuidora de bebidas situada na Estrada da Floresta, foi transformado num caso de crime de homicídio doloso.
A definição significa que a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Acre (MPAC) de que o autor do crime, o serralheiro Josimar Santos da Silva, aceitou o risco e o fato de que, ao dirigir embriagado, poderia matar alguém. A denúncia foi aceita pela juíza Luana Campos, presidente da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.
Naquela madrugada fatal, Lucas Fernandes Santos transportava uma passageira em sua moto e, ao passar na frente da distribuidora de bebidas, a passageira solicitou uma parada enquanto ela faria compras no local. Enquanto a mulher pagava o que compra, o mototaxista estava parado ao lado da moto, olhando o celular.
O carro dirigido por Josimar, um Honda Civic, dirigido em alta velocidade, atingiu o mototaxista em cheio, jogando-o a vários metros de distância contra a parede da distribuidora. O mototaxista morreu na hora, mostraram as câmeras de segurança da própria distribuidora.
O motorista continuou a sua viagem e, só após algum tempo, voltou ao local, procurando saber em que havia batido. À Polícia, depois de preso, ele confessou que não viu o mototaxista e que nem sabia o que havia acontecido, por isso ele voltou ao local do acidente e assim foi preso em flagrante, com ajuda de populares, que reconheceram o veículo envolvido no acidente.
Ao aceitar a denúncia, a juíza Luana Campos considerou que, além de dirigir sob efeito de bebida alcóolica, o motorista Josimar Santos não prestou socorro à vítima e ainda se retirou do local, o que contribuiu para a definição de crime doloso, aquele em que o autor tem a intenção de matar.
A data de seu julgamento ainda não foi marcada. Josimar continua preso na penitenciária estadual.
FONTE: CONTILNET