A situação dos ex-moradores da invasão Terra Prometida e que estão acampados em frente o prédio da Assembleia Legislativa do Acre há 17 dias embalou o debate do parlamento nesta quarta-feira, 13. O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) levou imagens da rotina no acampamento de sem-teto na Aleac aonde uma mulher passa mal e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) é acionado.
“Uma coisa é uma manifestação aqui. O que acontece no hall da Aleac precisa ser assumido pela Assembleia. A Mesa Diretora não vai fazer nada? Vai fazer de conta que a cena não existe?”, bradou o líder da oposição.
“A Aleac é a casa da mediação, e sempre atuou assim. Agora esses desalojados, despejados, crianças, estão ali expostos e já apresentaram uma solução, mas o governo tem dois pesos e duas medidas”, avaliou o parlamentar.
O opositor afirmou que o governador Gladson Cameli prometeu solução, mas não adotou nenhuma medida. O deputado sugere que se tome medida igual à adotada com o acampamento Mariele Franco, doando área do Jorge Lavocat para as famílias.
Em resposta a Edvaldo, o novo líder do governo na casa, deputado Manoel Moraes (PP)
contestou o discurso do parlamentar comunista afirmando que tudo tem de ser negociado e que o governo está realmente tentando ajudar os sem-teto da Terra Prometida. “Não aceito, pois o PT passou 20 anos no governo e essas pessoas estão aqui porque não fizeram casa”, disse, batendo boca com o colega Edvaldo Magalhães.
“O governador tem de seguir as leis e nós estamos aqui à disposição”, disse, pedindo aos sem-teto que não se deixem influenciar por políticos mentirosos.
Magalhães não teve a parte, mas afirmou que os governos da Frente Popular construíram casas e quem não construiu nenhum foi o de Gladson Cameli. A sessão foi encerrada e os deputados continuaram batendo boca.
fonte: ac24horas