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Acidente aéreo: identificação das três últimas vítimas é mais delicada e começa a ser feita pelo DNA

ByEdnardo

nov 6, 2023

Acidente aéreo: identificação das três últimas vítimas é mais delicada e começa a ser feita pelo DNA  — Foto: Polícia Civil

Acidente aéreo: identificação das três últimas vítimas é mais delicada e começa a ser feita pelo DNA — Foto: Polícia Civil

A fase de identificação das últimas três vítimas do acidente aéreos que matou 12 pessoas em Rio Branco iniciou, nesta segunda-feira (6), a fase mais delicada que é o uso da técnica do DNA para que a liberação dos corpos seja feita. Para isso, as equipes do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) tentam extrair dos corpos algum material que possa fazer o cruzamento com o DNA dos familiares.

 

O diretor-geral do departamento de Polícia Técnica Científica, Sandro Martins, diz que o estado dos corpos deve dificultar esse processo, mas que as equipes têm se esforçado para finalizar essa identificação.

“A maior dificuldade que nós enfrentamos foi a situação dos corpos. A identificação se dá pelas três técnicas primárias; pela impressão digital, arcada dentária e pelo DNA. No caso, pelo estado das amostras dos corpos, a identificação pela digital foi descartada. Chegamos a pensar que só conseguiríamos pelo DNA, mas nove conseguimos pela arcada dentária”, explica.

Agora, a equipe tentar extrair DNA dos corpos para fazer o exame.

“E agora nós iniciamos esse processamento das amostras. Com a amostra referência dos familiares, nós vamos fazer essa comparação do perfil genético, mas primeiro temos que extrair o perfil genético ou o DNA das amostras dos corpos, o que vai ser também trabalhoso e difícil pelo estado dos corpos”, destaca.

Martins destacou ainda que o Instituto de Criminalística fez o levantamento do local e o apanhado dos vestígios, das evidências, e esse exame pericial que vai apontar a dinâmica do acidente.

“Entretanto, a causa do acidente, o que gerou, o que levou à queda do avião, vai ficar por conta do Cenipa, que é o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. O Cenipa esteve aqui em Rio Branco no local, inclusive com os peritos criminais, e fez todo o levantamento para fazer o estudo e chegar à causa do acidente, o motor foi retirado e outros equipamentos foram levados para conhecer a causa que motivou esse acidente”, explicou.

Falta a identificação:

 

  • Kleiton Lima Almeida (copiloto), de 39 anos, nasceu e morava em Itaituba, no sudoeste do Pará. Ele tinha se tornado pai há um mês, segundo a irmã, Gardeny Lima;
  • Antônia Elizângela era natural de Envira, no Amazonas. Segundo nota divulgada pela prefeitura do município, ela era pecuarista.
  • Francisco Eutimar era natural de Eirunepé, no Amazonas, tinha 32 anos.

 

No caso das vítimas de Envira e Eirunepé, no Amazonas, as amostras foram coletadas por uma equipe de saúde municipal de cada cidade e enviadas ao IML em Rio Branco. No caso do copiloto, as amostras foram coletadas pela perícia no Pará e devem chegam na capital já nesta segunda-feira (6).

As vítimas identificadas são:

 

Jamilo Motta Maciel, de 27 anos, era dentista e morava em Eirunepé;

Raimundo Nonato Rodrigues de Melo, de 32 anos, morava em Eirunepé. Ele era dentista e estava na capital acreana para fazer um curso;

Francisco Aleksander Barbosa Bezerra, de 29 anos. Também de Eirunepé, ele trabalhava como vigilante de carro forte e deixa uma filha de 7 anos;

José Marcos Epifanio, de 46 anos. Natural de Envira, ele era irmão de Antônio Cleudo, que também morreu no acidente, e empresário do ramo de combustíveis.

Clara Maria Vieira Monteiro (filha) e Ana Paula Vieira Alves, de Eirunepé. A mãe tinha 19 anos e a criança, 1 ano e 7 meses.

Cláudio Atílio Mortari (piloto) – Ele era natural de São Paulo, mas também morava em Itaituba, no Pará. De acordo com trabalhadores da empresa, Cláudio morava no Pará desde a década de 80;

Edineia de Lima – Servidora do município de Envira, segundo nota divulgada pela prefeitura do município;

Antônio Cleudo Mattos – Natural de Envira, no Amazonas, tinha 46 anos. Era irmão de José Marcos, e também era empresário do ramo de combustíveis.

Acidente aéreo

 

O voo que caiu no Acre era particular, da empresa ART Taxi Aéreo, e decolou de Rio Branco com destino a Envira, no Amazonas. A aeronave modelo Caravan tinha capacidade para até 14 pessoas e caiu por volta das 7h21 no horário local (9h21 em Brasília), logo após a decolagem. O percurso ainda incluía uma parada em Eirunepé (AM).

Parte dos passageiros estava viajando para receber tratamento médico. O advogado da empresa, Thiago Abreu, informou ao g1 que o piloto e o copiloto tinham experiência e treinamento. Segundo a Anac, o avião estava em situação regular.

Colaborou Júnior Andrade, da Rede Amazônica Acre.

Veja a origem e o destino da aeronave que caiu em Rio Branco (AC). — Foto: Ighor Costa/g1

Veja a origem e o destino da aeronave que caiu em Rio Branco (AC). — Foto: Ighor Costa/g1

fonte: g1acre

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