Processo de imunização nesse público retoma na quinta (13) após a chegada de mais de 3 mil doses da Pfizer nesta terça (11). Secretário de Saúde de Rio Branco disse que precisa aguardar o tempo de descongelamento da vacina para aplicar.
Acre recebeu um lote da Pfizer com mais de 3 mil doses para imunizar grávidas e mulheres no pós-parto — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica Acrehttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A vacinação em grávidas e mulheres no pós-parto deve retomar em Rio Branco na próxima quinta-feira (13) após a entrega do lote da Pfizer nesta terça (11). A 20ª remessa de imunizantes trouxe para o Acre 3.510 doses, que devem ficar na capital acreana devido o processo de armazenamento.
As doses precisam estar em -20°C por 14 dias e entre 2 e 8°C por 5 dias, devendo ser utilizadas em um curto período de tempo. O imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo.
Na terça (11), a Secretaria de Saúde de Rio Branco (Semsa) suspendeu a vacinação de grávidas e de mulheres no período pós-parto por recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a vacina da AstraZeneca/Fiocruz.
Todo o lote recebido nessa terça vai ser usado na aplicação da primeira dose. Ao G1, o secretário Frank Lima, afirmou que a Semsa deve receber o imunizante na quarta (12) e precisa esperar o tempo de descongelamento da vacina. Após esse processo, a imunização de gestantes e puérperas retorna na quinta.
“Essa vacina é diferente, não posso receber e vacinar amanhã. Precisa ser descongelada, vamos receber na quarta [12] e vamos ver se vacinamos com ela na quinta [13]. Todo o lote é para vacinar esse público, só que quero crer que não temos 3.510 mil grávidas e mulheres no pós-parto em Rio Branco. Se sobrar doses vão ser aplicadas em outros públicos”, complementou.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Como fica em todo o estado?
A coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Acre (PNI), Renata Quiles, informou que em todo estado a vacinação de grávidas, que foi iniciada na semana passada, estava sendo com a AstraZeneca. Segundo ela, após a recomendação da Anvisa, a vacinação desse público está suspensa no Acre com esse imunizante.
“Iniciou na semana passada, então, foi um número muito pequeno de gestantes vacinadas. E no município de Rio Branco será dada continuidade com a Pfizer, que estamos para receber mais um lote. É uma suspensão temporária enquanto realizam investigação dos eventos adversos. A gente fica aguardando retorno da Anvisa se pode dar continuidade ou se realmente a suspensão vai ser definitiva. Não há relatos [de eventos adversos] no estado do Acre”, afirmou Renata.
Recomendação da Anvisa
Na noite de segunda (10), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota recomendando a suspensão imediata da aplicação da vacina AstraZeneca em grávidas.
A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização.
A prescrição atual do fabricante não recomenda o uso desta vacina em grávidas sem orientação médica.
Segundo a Anvisa, a medida é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas anticovid, em uso no país.
A agência não especificou nenhum evento adverso ocorrido em mulher grávida no Brasil.
O imunizante vinha sendo usado em gestantes com comorbidades.
Agora, segundo a Anvisa, só devem ser aplicadas nas grávidas no Brasil as vacinas CoronaVac e a Pfizer.
Vacinação no Acre
De acordo com informações do portal de transparência do governo, o Acre recebeu 234.910 doses de vacinas e foram aplicadas 137.960 até essa segunda (10), data da última atualização, sendo 98.886 da primeira dose e 39.074 da segunda. Rio Branco aplicou 62.792 doses e Cruzeiro do Sul 13.977.https://9bdc93a846d960890bc533ce9c9d03a2.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Segundo o governo, o número de doses aplicadas que consta no portal refere-se aos dados já inseridos no sistema do Ministério da Saúde, cujas atualizações são realizadas pelos municípios. Por isso, pode haver atraso nas informações.
fonte: g1acre