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Besouro Barbeiro: O Inseto Silencioso que Transmite a Doença de Chagas

ByEdnardo

maio 12, 2025

O besouro barbeiro, na verdade, não é um besouro, mas sim um tipo de percevejo hematófago, ou seja, que se alimenta de sangue. Pertencente à subfamília Triatominae, o barbeiro é temido por ser o principal vetor da Doença de Chagas, uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Apesar de pequeno e silencioso, o barbeiro representa um grande risco à saúde pública. A conscientização da população, aliada a políticas de prevenção e vigilância, é essencial para combater tanto o inseto quanto a propagação da Doença de Chagas.

Características do Barbeiro

Os barbeiros são insetos de corpo achatado, com coloração escura e geralmente listras vermelhas ou amarelas ao longo do abdômen. Costumam ter entre 2 a 3 cm de comprimento e asas desenvolvidas. São encontrados, principalmente, em regiões rurais ou periurbanas da América Latina, escondidos em frestas de casas de taipa, galinheiros, ninhos de pássaros e cascas de árvores.

Comportamento e Alimentação

O barbeiro é noturno e, durante a noite, sai de seus esconderijos para se alimentar do sangue de animais e seres humanos. Seu nome popular vem do hábito de picar o rosto das pessoas, principalmente ao redor da boca e dos olhos — daí o apelido “barbeiro”.

A picada do barbeiro em si não transmite a Doença de Chagas. O risco está nas fezes do inseto, que podem conter o parasita Trypanosoma cruzi. Ao coçar o local da picada, a pessoa pode acabar introduzindo o parasita na pele ou mucosas, iniciando a infecção.

A Doença de Chagas

A Doença de Chagas pode ter duas fases: aguda e crônica. Na fase aguda, muitas pessoas não apresentam sintomas ou têm apenas sinais leves, como febre, mal-estar e inchaço no local da picada (chamado de sinal de Romaña). Já a fase crônica pode surgir anos depois, afetando seriamente o coração, o sistema digestivo e o sistema nervoso, podendo levar à morte.

Prevenção e Controle

O controle do barbeiro passa por várias estratégias, como:

  • Melhoria das condições habitacionais (rebocar paredes, trocar telhados de palha).

  • Uso de inseticidas em áreas endêmicas.

  • Vigilância epidemiológica e controle de vetores.

  • Educação da população para reconhecer e denunciar a presença do inseto.

By Ednardo