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Corpo de piloto de avião que caiu com 12 pessoas no AC é transladado ao Pará

ByEdnardo

nov 4, 2023

Aeronave que transportará os restos mortais do piloto embarcou às 7h — Foto: Richard Lauriano/Rede Amazônica Acre

Aeronave que transportará os restos mortais do piloto embarcou às 7h — Foto: Richard Lauriano/Rede Amazônica Acre

O corpo de Cláudio Atílio Mortari, piloto da aeronave que caiu com 12 pessoas em Rio Branco no último domingo (29) foi transladado ao Pará na manhã deste sábado (4). A aeronave que leva os restos mortais do piloto ao município de Itaituba embarcou do aeroporto internacional de Rio Branco por volta das 7h (horário do Acre) e tem previsão de chegada para as 12h (horário do Pará).

 

As famílias de Mortari e do copiloto Kleiton Lima Almeida não vieram a Rio Branco. As amostras de DNA foram coletadas dos familiares no Pará e encaminhadas ao Acre, segundo o Departamento de Polícia Técnico-Científica.

O piloto e copiloto moravam em Itaituba e Kleyton era natural da cidade. De acordo com a família de Mortari, o corpo será velado no município paraense até as 12h do domingo, e depois será levado a Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde será sepultado no mesmo local que seus pais e outros familiares.

Anteriormente, um acordo entre as famílias previa a ida dos dois corpos juntos. O do piloto chegou a ser liberado na quinta. Até o fechamento desta reportagem, o do copiloto não foi identificado. No entanto, a família de Kleyton afirmou que irá fazer um ato simbólico, com cinzas do acidente em uma urna, para fins de homenagem pela aviação junto com o piloto Atílio.

“Esperamos, de corações partidos, a conclusão da perícia para então, de fato, realizar o velório e então o enterro. Pedimos a todos compreensão nesse momento tão difícil a nossa família”, diz um comunicado emitido pela família do copiloto.

Paixão por voar

 

Piloto Cláudio Atílio Mortari e a família — Foto: Arquivo Pessoal

Piloto Cláudio Atílio Mortari e a família — Foto: Arquivo Pessoal

Mortari já atuava há mais de 45 anos na profissão e era conhecido na região de Itaituba, no sudoeste do Pará, onde morava com a família. Segundo a nora da vítima, Suzana dos Santos, o sogro era experiente, cuidadoso, e estava há cerca de 4 anos trabalhando na empresa. Ele sempre realizava o mesmo percurso, entre o município de Rio Branco, no Acre, com destino a Envira, no Amazonas.

“Ele sempre gostou de voar, era uma pessoa muito ativa e não gostava de ficar parado. Por ser cuidadoso, era o pioneiro da cidade e muito querido por todos, tinha pessoas que só voavam no comando dele”, declarou a nora do piloto.

A notícia do acidente foi informada à família do piloto ainda na manhã de domingo (29) por um amigo de Cláudio que foi até a residência onde mora o único filho do piloto.

Segundo a família, todos estão tristes também pela morte Kleiton, o copiloto do avião, pois de acordo com a nora ele e Cláudio eram muito amigos.

As vítimas identificadas são:

 

Jamilo Motta Maciel, de 27 anos, era dentista e morava em Eirunepé;

Raimundo Nonato Rodrigues de Melo, de 32 anos, morava em Eirunepé. Ele era dentista e estava na capital acreana para fazer um curso;

Francisco Aleksander Barbosa Bezerra, de 29 anos. Também de Eirunepé, ele trabalhava como vigilante de carro forte e deixa uma filha de 7 anos;

José Marcos Epifanio, de 46 anos. Natural de Envira, ele era irmão de Antônio Cleudo, que também morreu no acidente, e empresário do ramo de combustíveis.

Clara Maria Vieira Monteiro (filha) e Ana Paula Vieira Alves, de Eirunepé. A mãe tinha 19 anos e a criança, 1 ano e 7 meses.

Cláudio Atílio Mortari (piloto) – Ele era natural de São Paulo, mas também morava em Itaituba, no Pará. De acordo com trabalhadores da empresa, Cláudio morava no Pará desde a década de 80;

Edineia de Lima – Servidora do município de Envira, segundo nota divulgada pela prefeitura do município;

Antônio Cleudo Mattos – Natural de Envira, no Amazonas, tinha 46 anos. Era irmão de José Marcos, e também era empresário do ramo de combustíveis.

Falta a identificação:

 

Kleiton Lima Almeida (copiloto), de 39 anos, nasceu e morava em Itaituba, no sudoeste do Pará. Ele tinha se tornado pai há um mês, segundo a irmã, Gardeny Lima;

Antônia Elizângela era natural de Envira, no Amazonas. Segundo nota divulgada pela prefeitura do município, ela era pecuarista.

Francisco Eutimar era natural de Eirunepé, no Amazonas, tinha 32 anos.

Acidente aéreo

 

O voo que caiu no Acre era particular, da empresa ART Taxi Aéreo, e decolou de Rio Branco com destino a Envira, no Amazonas. A aeronave modelo Caravan tinha capacidade para até 14 pessoas e caiu por volta das 7h21 no horário local (9h21 em Brasília), logo após a decolagem. O percurso ainda incluía uma parada em Eirunepé (AM).

Parte dos passageiros estava viajando para receber tratamento médico. O advogado da empresa, Thiago Abreu, informou ao g1 que o piloto e o copiloto tinham experiência e treinamento. Segundo a Anac, o avião estava em situação regular.

Veja a origem e o destino da aeronave que caiu em Rio Branco (AC). — Foto: Ighor Costa/g1

Veja a origem e o destino da aeronave que caiu em Rio Branco (AC). — Foto: Ighor Costa/g1

fonte: g1acre

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