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Estudante incentiva os pais a fazerem Enem e família estuda junta em Rio Branco: ‘me ajudam muito’

ByEdnardo

nov 26, 2021

Pais e filha dizem que um incentiva o outro. Esta é a primeira vez que os pais da jovem fazem o Enem.


Pais e filha estudam juntos para fazer a prova  — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Pais e filha estudam juntos para fazer a prova — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acrehttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Todos atentos e discutindo os temas que podem cair na prova. É assim que a Glenda Galeotti, de 17 anos, e os pais dela estão se preparando para o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorre no domingo (28). Essa é a primeira vez que ela e os pais dela prestam o Enem.

Glenn Galeotti, representante comercial, e pai de Glenda já tinha feito vestibulares passados.

“Na época do vestibular passei em história, passei para administração, mas fazia sempre para incentivar os meus filhos a estarem presentes no exame, mostrando pra eles que não é impossível, não é um bicho de dez cabeças e a gente acabou fazendo o Enem por causa dela. Assim como com os outros filhos, sempre estive presente”, conta.

O Glenn é representante comercial e a Maria José, mãe da Glenda, é técnica de enfermagem e trabalha como nail designer, profissional que cuida das unhas. Além da estudante, eles têm mais quatro filhos. O casal concilia o tempo no trabalho pra estudar com a filha à noite.

“Essa preparação também partiu dela, porque como ela chegava da escola com os debates, estudando e perguntando, porque muita coisa ela pergunta da gente, isso nos motivou a debater o assunto”, diz Maria José.

A Glenda estuda todos os dias com os pais e é ela quem dita os temas que são trabalhados ao longo da preparação. Ao mesmo tempo, os pais a incentivam para que ela tenha foco e sucesso nos estudos.

“Desde sempre, eles sempre fizeram isso comigo, sempre estiveram ao meu lado em tudo. Eu acabava estudando e abordando aquilo que eu vi a nas apostilas e a gente acaba estudando o que a escola me oferece”, conta.

Agora o foco é o segundo dia de provas, quando serão aplicadas 90 questões de múltipla escolha de matemática e ciências da natureza, que envolve química, física e biologia.

“Eu achei muito bacana a primeira prova, apesar da dificuldade que eu senti. Eu vi muita interpretação de texto, parecia que seria muito extenso, mas a gente viu que não seria tantas horas assim. Espero tirar de letra, o segundo dia de provas, não só eu como todos aqui”, diz Glenn.

‘Maior motivação’

Para Maria José, não foi tão fácil, mas diz que o debate em casa ajuda bastante.

“Pra mim não foi fácil, porque nossa maior motivação é ela, já que não temos aquele hábito de estudar todos os dias, de ir pro colégio, estudar e debater. O pouco que descobrimos e debatemos é justamente em cima da matéria que ela estuda”, destaca.

A estudante diz que estava muito ansiosa para fazer a prova, mas que o fato de os pais estarem junto com ela trouxe uma segurança.

“Estava bem ansiosa, mas peguei a prova e foi tudo muito de boa, porque era o que eu estava estudando. Muita leitura, porque eu sabia que ia cair muitos textos. A gente debate muito em casa, para mantermos a calma, pra gente não ficar ansioso, e meus pais estando ali comigo me ajuda muito porque sei que meus pais estão ali junto comigo fazendo o Enem”, diz a estudante.

Pais também sonham em fazer o ensino superior  — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Pais também sonham em fazer o ensino superior — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

E eles querem mais; todos têm planos para ingressar no ensino superior.

“Tenho muitos amigos que dizem me ver fazendo direito, eu, particularmente, penso em economia, engenharia civil . Outros falam que eu poderia ser professor de história universitário”, planeja o representante comercial.

Já Maria José pensa em fazer podologia e continuar na área que já tem experiência. A estudante de 17 anos disse que o sonho dela é fazer pedagogia.

“Eu quero fazer pedagogia. Nunca tirei isso da minha cabeça, os professores sempre me perguntam se é isso mesmo e eu digo que sim. Sempre quis ser professora, dar aula para crianças. Isso é muito legal”, enfatiza.

Não desistir dos sonhos é uma lição que a Glenda vai levar para o resto da vida. Ainda mais por fazer isso junto com a família.

“Que os filhos possam incentivar os pais de vocês chegando em casa, falando dos conteúdos da aula, ter mais a família em seu cotidiano, falar, chegar conversar. Isso te ajuda e incentiva eles [os pais]”, finaliza.

fonte: g1 acre

By Ednardo