Saúde do Acre busca vaga em hospital especializado em queimados para transferir Josué Amaral, de 20 anos. Rapaz está internado na UTI do PS em estado grave desde o último dia 22.
Josué Amaral deve ser transferido para um hospital especializado no atendimento em queimados — Foto: Arquivo pessoal
O trabalhador rural Josué de Souza Amaral, de 20 anos, que teve 95% do corpo queimado após um acidente doméstico com uma lamparina no interior do Acre, continua internado na UTI do Pronto Socorro de Rio Branco em estado grave. Por conta da gravidade, a Saúde do estado tenta conseguir uma vaga em um hospital de referência em queimados para transferi-lo.
A mãe de Amaral, Ioneda Souza, foi informada sobre a transferida e começou a dar entrada na papelada no Tratamento Fora do Domicílio (TFD).
A direção do PS informou que a situação de Amaral é gravíssima e, provavelmente, ele irá precisar de um enxerto de pele, o que não é feito no estado acreano. Porém, ainda não foi definido para qual estado o paciente deve ser transferido.
Amaral está na enfermaria de queimados do PS desde o último dia 22 após ser transferido do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, para a capital.
“A médica me falou que ele vai ser removido para outro lugar e vamos tentar pelo TFD. Não me explicou para onde ainda, o TFD que vai dizer o lugar. Nunca sai [do estado], estou atrás dos papeis e dando entrada na viagem”, relatou Ioneda.
Ainda segundo a mãe, o rapaz agora tem uma infecção adquirida no hospital. “Ele está com febre e conseguir ir ao banheiro. Estão diminuindo a sedação dele”, lamentou.
Amaral se acidentou no dia 13 de setembro com uma lamparina que causou uma explosão na casa onde ele morava com o pai, no Ramal Bom Vento, entre os municípios de Rodrigues Alves e Mâncio Lima. A casa ficou destruída e eles perderam tudo.
O jovem ficou com 95% do corpo queimado após a casa explodir. Ele segurava a lamparina, já que a casa onde morava não tinha energia elétrica e, sem saber, foi até um quarto onde havia gasolina quando a explosão aconteceu.
Trabalhador rural ficou com 95% do corpo queimado após acidente com lamparina — Foto: Arquivo pessoal
Rede de apoio
Amaral tinha se mudado para a casa do pai recentemente e, por isso, não sabia da gasolina armazenada. Eles perderam tudo. A professora Camila Melo, que é coordenadora no ramal onde o acidente ocorreu, disse que não conhece a família, mas que quando ficou sabendo do acidente e resolveu se unir a outras pessoas e pedir ajuda para a família.
Foi montado um posto de arrecadação para quem quiser doa roupas, alimentos, produtos de limpeza, de higiene pessoal e outros itens pessoais para a família. Há pontos de arrecadação em Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul.
Também é disponibilizada uma conta bancária para quem preferir fazer doações em dinheiro. Parte desses recursos, segundo a professora, deve ser encaminhado para Ioneda gastar enquanto ficar com o filho na capital acreana.
Com a nova viagem, a mãe de Amaral vai precisar de recursos para se manter em outro estado. Por isso, a coordenadora Camila Melo pediu ajuda financeira para a família. “Um amigo meu está ajudando ela em Rio Branco, levando e trazendo”, frisou.
fonte: g1acre