Acusados foram julgados por um júri popular nesta terça (21) — Foto: Arquivo
Em penas somadas, os quatro acusados matar o cabeleireiro Tiago de Araújo Costa, de 21 anos, em fevereiro de 2019 em Rio Branco, foram condenados a mais de 70 anos de prisão. O quarteto passou por júri popular nesta terça-feira (21) na 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital acreana.
Rafael Kevew Araújo Braga, Caio Jorge Araújo da Silva, Erenilson Ferreira Rocha e Hamayana Souza De Araújo, mãe de Rafael, foram condenados por homicídio qualificado. A Justiça determinou a seguinte sentença para os réus:
- Rafael Kevew Araújo Braga – 15 anos e 7 meses de prisão em regime fechado. Não pode recorrer em liberdade
- Caio Jorge Araújo da Silva – 13 anos e 3 meses de prisão em regime fechado. Não pode recorrer em liberdade
- Erenilson Ferreira Rocha – 20 anos de prisão. Pode recorrer do resultado em liberdade
- Hamayana Souza De Araújo – 21 anos e 6 meses de prisão. Pode recorrer do resultado em liberdade
O g1 não conseguiu contato com a defesa dos réus até última atualização desta reportagem.
Tiago Costa foi achado morto em fevereiro de 2019 em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal
Tiago Costa desapareceu depois de ter saído de uma festa em um bar do Polo Benfica, em Rio Branco. Três dias depois, o corpo dele foi encontrado dentro de um matagal em estado de decomposição, degolado e sem os dentes.
O morador da região onde o cabeleireiro sumiu achou o corpo. Segundo os parentes dele relataram na época, o rapaz foi levado por três homens quando retornava da festa para casa.
Denúncia
Conforme denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), a vítima tinha amizade com integrantes de uma organização criminosa e tinha se recusado a integrar outra facção a convite de Hamayana. Foi por isso que ela e outro suspeito, que morreu no decorrer do processo, começaram a suspeitar que Tiago Costa estaria repassando informações ao grupo criminoso rival.
Por isso, a vítima passou a ser monitorada por Hamayana e, ao verem ele saindo da festa, convocaram os demais para matá-lo. Ainda segundo a denúncia, os réus Erenilson, Caio e Rafael, levaram a vítima até um local isolado, onde torturaram e a mataram com diversos golpes de terçado, sendo a maioria direcionados ao pescoço.
Investigações
Após mais de dois anos de investigação, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) identificou os suspeitos e pediu pela prisão deles. Os quatro foram presos no dia 18 de maio de 2021.
Na época, o delegado responsável pelo caso, Cristiano Bastos, informou que o inquérito investigativo foi concluído e a investigação colheu elementos de provas suficientes sobre o crime para que a prisão dos envolvidos pudesse ser realizada.
“Identificamos que três dias antes ele estava em uma festa ali na região e foi levado por três homens. E depois só se teve notícia quando foi encontrado o corpo. Durante a investigação, identificamos que a motivação do crime foi o fato de que pessoas de organização criminosa que atua naquele local achavam que ele estava levando informações para facção rival, pelo fato de ele ter pessoas conhecidas na outra facção. Então, foi decidido pela morte dele, chegaram ainda a chamá-lo para entrar nessa facção e ele não quis e então decidiram pela morte dele”, disse o delegado na época.
Fonte : g1ac