Ao longo de, pelo ao menos quatro anos, no comando da Operação Lava-Jato, o então juiz Sérgio Moro era tido e havido como um herói. Eu, particularmente, jamais o tive nesta conta, até porque, todos os meus heróis já morreram. Triste é a nação que precisa de heróis.
Por onde anda os milhões que foram as ruas celebrá-lo como herói? Determinadas bandeiras, entre elas, o combate a corrupção e ainda podendo contar com o apoio da grande mídia, por certo, ganha notoriedade. E foi isto que imerecidamente Sérgio Moro ganhou. Em relação ao combate a corrupção qual o legado por ele deixado? No auge de sua fama simplesmente ele disse que a nossa corrupção era sistêmica, mas disto todos nós já sabíamos. E mais ainda, que a corrupção sobrevive junto aos poderosos.
Quando Sérgio Moro largou a magistratura e foi ser ministro do recém-eleito presidente Jair Bolsonaro e tendo feito o diabo contra a candidatura do ex-presidente Lula nas eleições de 2018, a ponto de torná-lo inelegível, aos minimamente entendidos, restou uma certeza: enquanto juiz da Operação Lava-Jato as suas ações tiveram objetivos pessoais e/ou políticos, entre eles, o de se tornar presidente da nossa República, ou no mínimo, conseguir compor o nosso STF-Supremo Tribunal Federal.
Se como magistrado foi julgado como parcial e incompetente o que dele poderíamos esperar ao se declarar candidato à presidente da República e disposto a fazer oposição ao próprio presidente Jair Bolsonaro? Respondo: traição e um retumbante fracasso.
Mas as coisas não pararam por aí. Filiou-se ao “Podemos” sendo festivamente recebido e dele se evadiu saindo pelas portas dos fundos. A própria presidente do referido partido, a deputada federal Renata Abreu, se disse surpreendida com a sua inesperada decisão. Bastaria este comportamento para revelar o seu menosprezo pela política.
Por trás dessa decisão já havia tramado sua filiação ao partido que ora encontra-se filiado, o União Brasil, cuja filiação se foi possível em razão da abertura da vergonhosa janela partidária. Tem mais;
Sérgio Moro, em toda a sua vida, teve o seu domicílio eleitoral no Estado do Paraná, não posso precisar se na cidade de Maringá ou Curitiba, ainda assim, de forma flagrantemente ilegal e trapaceira, segundo o código eleitoral, transferiu seu domicílio eleitoral para o Estado de São Paulo, e o mesmo fez a sua “conje”, conforme o próprio assim denominou a sua esposa.
Se candidato nas próximas eleições, seja a deputado federal, senador ou presidente da República, resta provado que Sérgio Moro, caso eleito, terá um desempenho ainda pior que aquele que restou demonstrado quando esteve a frente da finada Operação Lava-Jato.
Por contilnet