Dados do painel estatístico da Polícia Civil revelam um cenário preocupante para a segurança pública no Acre: quase 50 profissionais da área — entre policiais militares, civis, penais, bombeiros e agentes socioeducativos — foram mortos nos últimos anos no estado.
Os números acendem um alerta sobre a vulnerabilidade de servidores que atuam na linha de frente do combate ao crime organizado e da manutenção da ordem.
Entre 2005 a 2025 foram 45 profissionais mortos. A capital Rio Branco lidera o ranking com 31 casos, seguido do Bujari (3) e Sena Madureira (3).
Ainda segundo o painel, mais de 66% dos profissionais foram mortos com arma de fogo, enquanto pouco mais de 8% tiveram suas vidas ceifadas com arma branca.
O painel revela ainda que boa parte das vítimas eram membros da Polícia Militar do Estado, com 30 registros. Seguido da Polícia Civil, com 8 e Polícia Penal, com 4 casos.
Além das mortes, há registros frequentes de ameaças e atentados contra agentes, tanto em serviço quanto fora dele. Esse contexto tem levado entidades de classe a cobrarem mais investimentos em inteligência, reforço no efetivo e medidas de proteção para os profissionais e suas famílias.
Representantes da segurança pública destacam que a perda desses servidores não representa apenas uma tragédia pessoal, mas um abalo direto na estrutura de proteção social do Acre. “Cada profissional que tombamos é uma experiência e uma vida dedicada ao Estado que se perde”, resumiu um dirigente sindical.
Histórico de violência contra agentes
O Acre, por estar em região de fronteira, enfrenta desafios adicionais no combate ao tráfico de drogas e de armas, o que amplia os riscos para quem atua na repressão. Nos últimos anos, o avanço das facções intensificou os ataques contra forças de segurança, especialmente em Rio Branco e nas cidades próximas às fronteiras com Bolívia e Peru.
fonte: contio net