Polícia Civil identificou três supostos envolvidos no crime contra Francisco Alves Maia e um está preso. Corpo da vítima foi achado nesta sexta-feira (28) enterrado em cova rasa em área de mata no Loteamento Praia do Amapá.
Francisco Maia foi achado morto nessa sexta-feira (28) após quatro dias desaparecido — Foto: Arquivo da família
Três pessoas já foram presas suspeitas de envolvimento na morte e desaparecimento do freteiro Francisco Alves Maia, de 56 anos, achado enterrado em uma área de mata na manhã dessa sexta-feira (28), no Loteamento Praia do Amapá, em Rio Branco. Os presos são dois homens e uma mulher.
O primeiro suspeito foi preso pela Delegacia Especializada de Combate a Roubos e Extorsões (Decore) na noite de quinta (27). A Polícia Civil informou que as equipes passaram a noite à procura e conseguiram, na madrugada dessa sexta, prender mais um homem e a mulher.
Um desses presos teria indicado o local onde o corpo de Maia estava enterrado. O cadáver foi achado enterrado em cova. Conforme a polícia, a vítima estava de bruços e com as mãos amarradas por fios.
O freteiro estava sumido desde a segunda (24) após sair de casa para fazer um frete na mesma região onde o corpo foi achado.
O G1 tentou contato com o delegado responsável pelas investigações, Leonardo Santa Bárbara, neste sábado (29), mas a autoridade policial informou que estava em diligência e que vai falar sobre o caso na segunda-feira (31).
Corpo foi achado enterrado em cova rasa em área de mata no Loteamento Praia do Amapá, em Rio Branco — Foto: Lidson Almeida/Rede Amazônicahttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Latrocínio
A Polícia Civil acredita que o crime se trata de um latrocínio, uma vez que o caminhão da vítima foi levado pelos bandidos e até esta sexta não foi localizado.
“Continuamos com as diligências, vamos identificar outras pessoas que tenham participado direta ou indiretamente no crime, vamos tentar localizar o caminhão, que nós temos a informação, até o momento, que passou por Xapuri, na Polícia Rodoviária Federal, mas ainda não foi encontrado”, disse o delegado Leonardo Santa Bárbara na sexta.
O freteiro teria sido chamado por uma mulher para fazer um frete e ao chegar no local foi abordado por outros criminosos, que o renderam e levaram o caminhão. Ainda segundo o delegado, a vítima então teria ficado amarrada até que o veículo fosse levado.
“Até o momento, o que nos foi passado é que teve um sequestro. É o modus operandi desses criminosos, ficam com a vítima amarrada até o caminhão passar pra Bolívia ou estar em um lugar seguro. Mas, ele [preso] ainda não esclareceu o que levou à essa atrocidade que foi cometer esse homicídio. Agora que localizamos a vítima, temos a preocupação de identificar todos os envolvidos no crime, e de localizar o veículo. Os trabalhos vão continuar nesse sentido e vai ser dada essa resposta”, concluiu.
Polícia acredita que o crime se trata de um latrocínio — Foto: Lidson Almeida/Rede Amazônicahttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Corpo achado
Equipes das policiais Civil e Militar, do Instituto Médico Legal (IML) e do Corpo de Bombeiros estiveram no local para fazer a remoção do corpo. A identificação do corpo foi possível pelas características indicadas pela família com relação às vestimentas usadas pela vítima quando saiu de casa pela última vez.
“Está confirmado, as equipes da Decore que estão conduzido as investigações, já tinham recebido a informação de que, possivelmente, ele teria sido enterrado aqui na localidade. Então, vieram até aqui mais cedo, solicitaram apoio da Polícia Militar para fazer o isolamento do local. De modo que chegamos aqui e solicitamos ajuda do Corpo de Bombeiros para fazer a remoção do corpo que estava enterrado. Infelizmente, se trata do senhor Francisco. Inclusive, está com as mesmas vestimentas que a família descreveu que ele saiu de casa”, informou o tenente Randson, que atendeu a ocorrência.
Muito abalada e entre lágrimas, a filha do freteiro, Ana Paula Maia, limitou-se a dizer que a família tinha esperança de que ele fosse encontrado com vida e que espera que a justiça seja feita.
Desaparecimento e protesto
A família avisou a polícia pelo 190 e registrou um boletim na Delegacia Especializada de Combate a Roubos e Extorsões (Decore) na manhã de terça (25). Com ajuda das câmeras de monitoramento da Segurança Pública, os investigadores teriam visto imagens do caminhão de Maia na cidade de Epitaciolândia, interior do Acre.
Na manhã desta quinta, um grupo de freteiros fez um ato no Centro de Rio Branco também para cobrar respostas à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Os motoristas se reuniram no estádio Arena Acreana, no Segundo Distrito, seguiram para frente do prédio da Sejusp e depois fecharam, por cerca de 40 minutos, a Ponte Metálica.
A família chegou a espalhar cartazes com fotos do motorista pela cidade e nas redes sociais para receber alguma notícia do paradeiro dele.
fonte: g1acre