Pacientes idosos faziam uso de oxigênio há 12 dias no hospital de Xapuri e foram transferidos para o Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia, para melhor assistência.
Unidade de saúde de Xapuri dispõe apenas de cilíndros de oxigênio para disponilibizar para os pacientes — Foto: Arquivo/Sindmed-AC
A direção do Hospital Epaminondas Jácome, em Xapuri, interior do Acre, precisou transferir três pacientes idosos para o Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia, cidade vizinha, nesta segunda-feira (3) após o aumento no consumo de oxigênio com o surto de gripe no estado acreano.
Os pacientes transferidos estavam internados com gripe e utilizando oxigênio há 12 dias na unidade de saúde.
A direção da unidade afirmou também que a transferência foi feita para que esses idosos tenham uma melhor assistência médica em Brasileia, onde a unidade é mais equipada, façam exames como tomografia, que não é feito em Xapuri, e outros.
Outro motivo é que a unidade hospitalar de Brasileia possui usina de oxigênio. Já em Xapuri, as equipes médicas dispõem apenas de cilindros de oxigênio para os pacientes utilizarem. A reserva do material que a unidade tinha para um mês acabou em cerca de 10 dias.
Hospital de Xapuri transferiu pacientes para Brasileia devido ao aumento da demanda de uso de oxigênio — Foto: Raimari Cardoso/Arquivo pessoal
“Esses idosos estavam fazendo uso contínuo de oxigênio há mais de 12 dias. O oxigênio que era para um mês foi usado em dez dias. Não está faltando oxigênio, mas aumentou a demanda”, explicou o diretor do hospital de Xapuri, Josimar dos Santos.
O gestor afirmou também que, no início de dezembro do ano passado, a média de consultas mensais era de 1,3 mil. Com o surto de gripe no estado, as consultas chegam em até 2.150 por mês. Desse total, pelo 70% são de pessoas com sintomas gripais.
“Hoje [terça-feira, 4] a Sesacre deixou outra remessa de oxigênio, nós temos. Mas, temos que nos precaver. Hoje deram entrada mais três pacientes usando oxigênio. Imagina se tivermos mais três, já seriam seis. Para uma unidade pequena como a nossa seria um pouco complicado”, destacou.
fonte: g1acre