No período de 2012 a 2021 foram registrados um total de 315.912 casos de malária com transmissão em áreas indígenas da região amazônica brasileira, com média de 31.591 casos anuais, o menor número de casos registrados foi de 20.615 casos em 2014 e o maior foi de 46.795 no ano de 2020.
O Acre registrou o 2º maior crescimento em casos nas aldeias no período, saindo de 281 exames positivos em 2020 para 347 no ano passado, aumento de 23,5%. Esse percentual só perde para Rondônia, onde a malária avançou 58,2%.
O Estado que apresentou a maior quantidade de casos autóctones em áreas indígenas foi o Amazonas com registros acima de 20 mil casos no ano de 2020 e quase 22 mil em 2021.
Sobretudo, a malária não vem dando trégua às aldeias na Amazônia. De 2017 a 2020 foram registrados sucessivos aumentos de 29,0%, 15,9% e 19,5% respectivamente, em relação aos anos anteriores. O Ministério da Saúde destaca que foram registrados um total de 143.162 e 135.886 casos autóctones de malária na região amazônica para o ano de 2020 e 2021, respectiva[1]mente, sendo 32,7% (46.795) e 32,2% (43.758) autóctones de áreas indígenas.
Os dados constam de um boletim epidemiológico especial que reúne dados sobre zoonoses e doenças de transmissão vetorial em áreas indígenas. A divulgação do panorama marcou o “Dia do Índio”, celebrado nesta terça-feira (19). O objetivo é auxiliar a execução de políticas públicas de saúde voltadas para a população indígena.