No momento do acidente, a jovem Luzia Oliveira, de 18 anos, estava dentro da casa com seu filho de 4 meses, o marido e um cunhado. Ela conta que assim que percebeu o que estava acontecendo, resolveu fazer uma espécie de escudo para proteger o bebê.

“Meu marido tinha acabado de chegar em casa com meu cunhado e quando eles estavam perto da janela, viram a árvore caindo e correram mais para dentro e eu só pulei em cima do bebê para proteger. A casa caiu toda em cima da gente. Mas, graças a Deus, ninguém se machucou”, lembra a mulher.

Luzia diz que perdeu quase tudo e pede ajuda para tentar reconstruir a casa da família. Enquanto não reconstrói, a família está ficando em um imóvel emprestado por vizinhos.

A moradora fala que no momento da queda da árvore não estava chovendo. Mas, segundo explicou o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, não necessariamente precisa estar chovendo para ocorrer esse tipo de acidente, uma vez que a ação das chuvas é prolongada.

“A área do Preventório, no geral, é uma área de risco, nas proximidades do Rio Branco. Então, há movimentação de massa devido à ocupação que tem nessas áreas, o solo fica sem vegetação para amparar e como é área de declívio, toda chuva que tem vai tirando a sustentação das árvores e acaba acontecendo esse tipo de acidente”, explica.

Falcão alerta ainda sobre os cuidados que as famílias que vivem em áreas de risco devem ter.

“As pessoas que têm árvore em casa, especialmente quando estão em área de declive, que não é terreno plano, precisam observar se as raízes estão ficando expostas, se a árvore está ficando inclinada. Tudo isso deve ser observado, ou seja, tem uma série de sinais que essa árvore acaba dando para acontecer os acidentes.”

fonte: g1acre