Criança morreu no hospital de Tarauacá com sinais de estupro — Foto: Arquivo/Secom
Uma bebê indígena da etnia Katukina, de 7 meses, morreu na noite dessa quarta-feira (9) no Hospital Dr. Sansão Gomes, em Tarauacá, interior do Acre, com sinais de estupro. A mãe da menina chegou na unidade de saúde afirmando que a filha estava com cansaço e febre alta.
A equipe de enfermagem percebeu que a bebê tinha lesões nas partes íntimas e acionou o Conselho Tutelar da cidade. Os conselheiros, ao perceberem a gravidade do caso, chamaram a Polícia Civil. A família mora na Aldeia Sete Estrelas, região do Rio Gregório, zona rural do município.
Na delegacia, a mãe afirmou que a filha começou a apresentar cansaço e febre alta no início no mês. No dia 2 de março, a mulher foi para a cidade com a bebê e passou a medicá-la com remédio para dor e febre.
Apenas nessa quarta a mãe procurou o hospital para consultar a filha. A bebê deu entrada no hospital às 13h e morreu após às 23h na unidade de saúde.
“A mãe relatou que a criança mora com sua família na região do Rio Gregório, e apresentava cansaço e febre alta. Em razão disso, ela trouxe para a cidade para tratar e passou medicá-la. Ocorre que apenas na data de ontem [quarta-feira] a mãe resolveu levar a criança para o hospital, fato que chama atenção tendo em vista que desde o dia 2 de março a criança estava na cidade. A equipe de enfermagem percebeu que havia lesões na região da vagina e do ânus”, explicou o delegado responsável pelas investigações, Railson Ferreira.
O delegado acrescentou que a médica plantonista pediu um laudo de conjunção carnal e ficou confirmado o estupro na perícia. “A Polícia Civil buscando saber a causa morte da criança, solicitou a presença do médico legista que veio de Cruzeiro do Sul e foi realizado na manhã de hoje [quinta-feira,10] o laudo de necrópsia”, confirmou
Ferreira destacou que já ouviu um conselheiro tutelar e a mãe da menina. Uma prima da mãe da menina também deve ser ouvida nesta quinta. O delegado falou que será pedida a prisão de algum suspeito do crime ainda nesta quinta.
“A criança morava na aldeia com a avó, com dois irmãos, de 4 e 7 anos, e a mãe. Mas, frequentava casa de parentes, onde havia a presença de vários homens na aldeia”, concluiu.
fonte: g1acre