A Organização Mundial de Saúde (OMS) se pronunciou novamente sobre os casos de varíola dos macacos no mundo. De acordo com o órgão, no último domingo (22), a expectativa é de que surjam mais diagnósticos da doença na menina em que a vigilância e os testes aumentem.
“O que parece estar acontecendo agora é que ela entrou na população como uma forma sexual, como uma forma genital, e está se espalhando assim como as infecções sexualmente transmissíveis, o que amplificou sua transmissão em todo o mundo”, explicou David Heymann, especialista da agência em doenças infecciosas.
Até o momento, cerca de 92 casos foram confirmados e outros 28 são investigados. Pelo menos 12 países estão com casos da doença. A agência reitera que não há óbitos registrados até o momento e que, apesar do aumento, os casos ainda são poucos.
Brasileiro diagnosticado
Na sexta-feira (20), a Alemanha anunciou o primeiro caso de varíola dos macacos nos país. O caso foi identificado pelo Instituto de Microbiologia da Bundeswehr em um brasileiro de 26 anos.
O paciente apresentou erupções cutâneas, um dos sintomas característicos da doença, após chegar na Alemanha. O brasileiro passou por Portugal, Espanha e estava há mais de uma semana em Munique, no sul da Alemanha.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é da mesma família da varíola convencional, erradicada no mundo todo em 1980. A dos macacos, no entanto, é considerada bem menos grave e ocorre principalmente em países da África Central e Ocidental.
Os sintomas são febre, dor de cabeça, apatia, inchaços, dor muscular e principalmente erupções na pele, que geralmente aparecem no rosto e depois vão para outras partes do corpo como mãos e as solas dos pés. Essas lesões geram coceira antes de cicatrizarem.
Normalmente, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias. Porém, os sintomas começam a surgir entre 10 e 14 dias após a infecção. A transmissão é feita por meio de contato direto com animais ou pessoas contaminadas, além de objetos infectados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o risco endêmico da doença é extremamente baixo, pois a doença é uma zoonose, ou seja, transmitida de animais para seres humanos.